Bem-Vindo

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Jardins europeus



"O mundo é todo seu pra recriar.
Brinca com ele, menina.
Brinca e sê feliz."  R.

E brinquei. Pulei no verde, deixei o sol me banhar.
Senti a brisa que também movia os moinhos.
Passei as mãos pelos meus cabelos cheios de nós,
sem me importar com eles.

Sentei e esperei o tempo. Ele me abraçava, 
devagar. Quis continuar naquele jardim para sempre...
Cada flor tão significativa, cada cor um sentimento.
Azul, paz, púrpura, beleza, vermelho, felicidade, pura e simples.

Estava a descobrir o mundo, 
um que estava separado de mim por um oceano
(ou seria apenas por uma noite?)
E quão mágico ele podia ser!
Ser. Esse ser é meu, meu para moldar,
meu para pintar, mesmo com minha palheta deficiente.

Agora sou prisioneira desta tela.
Estou com um parasol, em uma ponte japonesa,
cercada por nenúfares. É assim que pintei minha lembrança.
Me disseram uma vez, que todos somos prisioneiros
de sentimentos que temos de vez em quando...

"It's much more than a stone, metal or golden cage. It's the ultimate prison.
This life allows us to go the farthest distances without even noticing any energy expenditure - we dream, sleeping or awaken.
And what a sweet prison this is. Just the one I wish I'd never ever leave, for the eternity.''  R.

O ar dourado que hora me rodeava, 
hoje carrega partículas negras de poeira.
Estou deitada, novamente, do outro lado da tela.
Minhas memórias ainda estão vivas, 
posso visitá-las, por enquanto, nas noites quentes
que me esperam, com estrelas cintilantes, 
guardando promessas oníricas.

2 comentários:

Rafael dS. disse...

Adorey a divagação. Principalmente porque mostra que somos prisioneiros de nós mesmos

Naiara disse...

tão leve, quase flutuei.
ainda mais nesse tempo tão gostoso de chuva :)

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