Bem-Vindo

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O jardim por trás da porta de ferro

Ultimamente a fotografia tem se tornado um hobby para mim, e adoro fotografar meu jardim, que apesar de pequeno *não se enganem XD* é repleto de cores e convidados x3 
Hoje estava andando pelo jardim quando vi uma borboleta liiiinda, e corri para pegar a câmera. Já com a câmera em mãos, aproveitei pra tirar fotos de tudo o que eu via. Me apaixonei por uma lagarta que tinha um brilho azul e tirei trocentas fotos dela... Bom! Vou postar aqui algumas fotinhas que ficaram boas =)










Essa merece ampliar pra ver o brilho azul!



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Skip Turn Step~




Nessas tardes de chuva fico inspirada, e adoro acompanhar a chuva com música... então resolvi postar uma música que gosto muito e combina perfeitamente com esse clima nublado =)


A música é da Kanon Wakeshima, e até tem na playlist do blog, confira! =)




Skip Turn Step
Shoutai sarete
Hare no hi no ame
Atashi ni mimi uchishita
Shizuka ni
Shizuka ni
Ame no POOL fun de STEP o hiroshiteiru
Kangen no STACCATO o manete
Awasete kara kau
Kasa o sute
Kimi wa kirakira warau kara
Okujou wa kagi o kaketeite
Mo sora no
Mirareru no

Koutami shiteta
Natsu no hi no gogo
Atashi ni ame ga futta
Shizuka ni
Shizuka ni
Ame no POOL fun de STEP o hiroshiteiru
Gasshou no CRESCENDO o manete
Awasete kara kau
Kasa o sute
Kimi wa fuwafuwa
warau kara
Okujou wa otenki ame

Saa
SKIP TURN
SKIP TURN
Warai koe wa
SKIP TURN
SKIP TURN
Hibi ite sora ni tokete
Kimi o terashite

Saa
SKIP TURN
SKIP TURN
ashi oto wa
SKIP TURN
SKIP TURN
Hibi ite

Ame ni hazukete kimi o yurashite
Ame no POOL fun de STEP o
Okujou wa otenki ame
Kangen no STACCATO o manete
Gasshou no CRESCENDO o manete
Okujou wa otenki ame


A tradução não está muuuito fiel mas quebra o galho x3

Deslize Rodopie e pare
Eu convidei a chuva
para os dias ensolarados
Sussurro à mim

Quietamente Quietamente

Dançando um passo-a-passo em uma piscina de chuva
Imitando o staccato de uma orquestra antiga
Abandone seu guarda-chuva e mostre o seu sorriso
O telhado pode ser visto;
a chave trancada no céu

Eu lamento a tarde
De domingo de verão
Choveu sobre mim

Quietamente Quietamente

Dançando um passo-a-passo em uma piscina de chuva
Imitando o crescendo de um coro
Abandone seu guarda-chuva e mostre seu sorriso inocente
Chove nos telhados

Agora?
Deslize e rodopie,
deslize e rodopie,
dando risadas
Deslize e rodopie,
deslize e rodopie,
ressonante. Você derrete na luz do céu

Agora?
Deslize e rodopie,
deslize e rodopie,
deixando pegadas
Deslize e rodopie,
deslize e rodopie,
ressonante

Sacuda a água da chuva
como se estivesse brincando
Dançando passo-a-passo em uma piscina de chuva
Chove nos telhados

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Anjo de prata


Vazio. Era isso o que sentia, ou que não sentia, como queira. Não era solidão, nem tristeza, apenas a ausência de tudo. E convivia muito bem com isso, me sentia completa.
Um dia, porém, o vi na vitrine. Soberbo, imponente, com asas de prata que varriam todos os campos da minha alma. Busto fosco levemente arredondado, rosto para baixo, pecaminoso. Mãos em união rígida e eterna. O véu, também de prata, lhe cobria a silhueta torta, deslizando em ondas sobre seus pés. Senti dentro de mim o vazio se preencher, cheio de dúvidas e angústias. Voltei a apressar o passo.
Numa outra tarde, encontrei-me a fitar, hipnótica, a tal estatueta. Desta vez, uma cortina de chuva escorria pelos céus, lavando todos os pecados terrenos. Me protegia com um guarda-chuva cinza, na fria esperança de ser poupada de tal juízo. A vitrine agora chorava, como a estatueta. Senti de súbito o vazio pesar, como um grande buraco negro sugando todas as minhas forças; me apoiei na vitrine, cambaleante, até recuperar o fôlego. Sai.
Na terceira semana, não aguentava mais ficar sem meu anjo, e o comprei por um par de notas. Embrulhado num jornal da semana passada, levado em baixo do braço até meu pequeno e caótico apartamento, lá estava ele. Agora poderia admirá-lo o quanto quisesse, passar horas a fio, filosofando. Quando chegava em casa cansada, ele era meu conforto, minha salvação.
Notei que as pálpebras, apenas riscos no metal fosco, estavam fechadas. Cego, meu anjo era cego. Vagava pela vida com a esperança de guia, rezando para encontrar alento para sua alma. E não é isso o que todos nós fazemos? Sempre em busca de alicerces, que possam nos sustentar, nos ajudar a levantar ou nos impedir de cair? Triste é o ser que vive vagando, solitário, em busca de amparo. Alguns sortudos o encontram na fé irrefutável e irracional, uns o encontram apenas nos outros. E um mundo de sombras disformes se transforma num alegre mundo de rostos sorridentes.
Meu anjo não precisava ser sorridente para ser completo, e ao seu lado conseguia me acalmar. Não é que minhas angustias desaparecessem, pelo contrário, se multiplicavam, mas minha mente se clareava e podia pensar no trânsito contínuo de emoções e sentimentos que me bombardeavam por dentro de maneira opalina e racional. Inquietava-me o espírito ter que deixá-lo e seguir rumo ao meu ofício. Trabalhava em um pequeno escritório de advocacia, bem no centro da cidade. À noite as ruas se enchiam de luzes neon, e letreiros luminosos nos convidavam a beber e dançar. Passava pelas portas escancaradas e convidativas de boates, olhando sempre para as pedras monocromáticas que compunham o mosaico da calçada. Ia em direção ao metrô. Dentro deste, as leis da física sobre dois corpos não poderem ocupar o mesmo espaço não se aplicavam, e jazia pendurada em uma ínfima barra de ferro tentando em vão não me afogar no mar de pessoas. Chegava em casa exausta, e abrigava meu vazio no meu anjo de prata.
Ao conversar com meu anjo, percebi o quanto os seres humanos são desprezíveis. Podem, tão facilmente, fazer outras pessoas sofrerem... mentem, roubam, traem,assassinam. Não... não mais deixarei eles me afetarem, ficarei protegida, abrigada em enormes asas de prata. Que suas asas sejam minha força, meu baluarte. Que eu consiga escapar dos pecados humanos, até ascender ao céu, rezei. Olhei pela janela, o céu não tinha estrelas, apenas núvens acinzentadas; ele padecia, tóxico. Fui, cada vez mais, ficando reclusa em meu apartamento, com apenas a companhia do meu anjo de prata. Enfim as férias de verão chegaram, e posso me ocupar de coisas mais importantes do que pessoas. Gosto de ler sobre mitologia, sobre os antigos ensinamentos, sobre as leis de uma outra época. Leio constantemente para meu anjo, sinto, porém, que é ele quem está, na verdade, lendo para mim. Quase consigo ouvir sua voz... suave, ritmada, gentil. Não abre os olhos, não lê as letrinhas negras em linhas, apenas sabe-as. Devoraste-as em épocas anciãs, e agora compartilha suas histórias comigo.
Acabei adormecendo; não que fizesse muita diferença, posto que a vida encontra-se cercada de ilusórios sussurros e plumas. Sonhei com um corredor, tão alto que não conseguia ver o teto... talvez fosse o céu. Talvez. As paredes de mármore falavam entre si na lingua dos anjos, sem deixar-me entender nada. Por que fazem isso comigo? Não sou amiga dos anjos? Não dei meu fraco coração a um par de asas de prata? Irrito-me. Esmurro com força as paredes, ouço risadas. Uma presença invisível me consome, deixa-me em alerta, toda arrepiada. Corro. Risos, risos, risos. Chego ao fim do dantesco corredor, e lá está ele, a me esperar, numa sacada de um metal brilhante. Abre, enfim, os olhos. Olhos de prata, como o esperado, fitam-me hipnoticamente. Atrás de si jaz o céu e apenas o céu. Estrelas brilham mas não há lua a vista. Estende, em toda sua majestude, suas asas de prata. E não está mais na sacada, ou no corredor de mármore, está no infinito negro. Suas asas rígidas não se movem, e vejo-me a saltar em sua direção, numa tentativa frenética de ajudá-lo. Caindo, caindo....
Seus olhos estão fechados agora. Gotas escuras mancham suas asas. Elas não poderiam mais me proteger, mas agora iria com elas para longe. Para bem longe dali, onde ficaria em sua companhia para sempre. Sinto-me entorpecida... as risadas viraram gritos, gritos de horror. Infelizes pessoas que não têm seus próprios anjos... gritem, podem gritar. Debilmente, estendo minha mão para acariciar a face lisa e fria do enviado dos céus. Uma estranha coloração carmim segue meus dedos trêmulos enquanto percorro o caminho de sua face até a ponta do queixo. Durma, durma meu anjo....

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A garota dos pés de vidro


O livro é a estréia do jovem autor britânico Ali Shaw (29), pelo qual recebeu o prêmio The Desmond Elliot. Shaw cria um universo monocromático e gélido, o arquipélogo de Saint Hauda's Land. Nesse mundo branco, casos curiosos mexem com a imaginação do leitor. Somos apresentados a um delicado gado com asas de borboleta, que vive em um pântano com um curioso homenzinho; a um ser que pode
transformar todas as cores em branco apenas com um olhar, a uma doença que transforma seus portadores em vidro. O cenário é o que me chamou mais a atenção: descrito pelas lentes do fotógrado Midas Crook, cada gota de luz é tão significativa quanto as sombras de sua ausência. Precipícios, praias, campos, pântanos; tudo que tem a chance de passar por tais lentes torna-se indescritivelmente mágico e belo.
A história conta a lenta e dolorosa transformação da menina Ida Maclaird em vidro e sua busca desesperada por uma cura. Ela é levada ao arquipélogo de St. Hauda's, onde uma vez tinha ouvido estórias sobre cadáveres de vidro puro. No caminho conhece o jovem Midas Crook, um fotógrafo local. Um romance (?) inesperado surge entre os dois e Midas e Ida percorrerão todas as planícies brancas atrás da cura para a estranha doença. Paralelamente, somos apresentados ao passado de algumas personagens secundárias, uma profunda teia de conflitos psicológicos é tecida, e podemos ver toda a dor e frustração de vidas incompletas, estraçalhadas por decisões erradas. Midas luta contra as memórias de um passado sombrio, e a única pessoa que pode ajudá-lo é Ida. Ironicamente, a única pessoa que pode ajudar Ida em sua busca por um milagre é Midas.

Agora que foram devidamente apresentados ao livro, vamos falar um pouco do que eu achei. Quando o vi a venda na livraria, fui logo atraida pela capa, mas não se pode julgar um livro pela capa *com o perdão do trocadilho*, e fui ler as orelhas do livro. Gostei. Comprei. Li. Maravilhoso! XD achei que para um primeiro romance de um autor está muito bem escrito, com personagens complexas e bem estruturadas. Claro que histórias de sofridas transformações não são bem inéditas, tendo o próprio Ali Shaw citado várias de suas favoritas em uma entrevista. Clássicos como Lobisomem, Metamorfose, Dr. Jekyll e Benjamim Button *recentemente adaptada a um ótimo filme* fizeram sucesso com a mesma fórmula básica: transformações corporais que tornavam seu portador infeliz, em uma busca frenética de controlar seu próprio corpo. Apesar do aparente clichê, achei a história bem criativa e original. A melhor parte são as descrições da paisagem, as metáforas e comparações usadas para tal fim. Ali Shaw está de parabéns! =D
e para meus queridos seguidores, fica ai a dica! ;D

Livros, livros!

Como faz tempo que não posto nada, resolvi abrir uma nova seção no meu blog, com dicas de livros. Tentarei postar pelo menos uma por mês, e já começo atrasada XD

Como estou começando por Fevereiro, postarei o livro referente a Janeiro esse mês, e o de Fevereiro também! *espero não me atrasar de novo u_u'*
Sobre a seção, postarei uma pequena resenha e minhas impressões sobre o livro em questão. ^^
Bom, vamos começar, sem mais delongas...

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