Bem-Vindo

quarta-feira, 14 de abril de 2010

As Quatro estações

E do fundo do baú surge... XD


As Quatro Estações


Vivia em um gélido ártico
Com mantos de solidão a me cobrir
[sem provocar a menor mudança]
Mas todos os invernos terminam
E com mágica beleza chega a Primavera


Ahh... a Primavera...


Inebriante desabrochar...
[de sentimentos, da própria vida!]
Delicadas palavras que, ao seu
simples susurro, floresciam minh'alma


E de flores o amor se fez,
Puro, leviano, distraído.
O perfume silvestre acaricia,
Mas também esconde espinhos.
E com atroz pesar chega o Verão


Oh! Algoz Verão!


À distância de seu toque,
Palavras não mais bastavam...
Amor separado por lágrimas
Que varriam quilômetros
[sem esperança, sem esperança]


Oh! Mas ainda, mas ainda...
Quebro-me ao seu leve pesar
Inteira de novo com seu sonhar!
Oh! Odeio você, odeio você...


Não! Eu te amo...
Sentimento sem sentido
Sentimento sem sentidos
Uma mente em conflito!


Minha ébria mente,
Em chamas clama por você
Ao seu lado, tão sozinha,
Sinto-me inconstante.


E não penso mais
Cansei do seu doce ópio
Não aguento mais juntar...
[todos os pedaços, todos os pedaços]
E com pacífica promessa chega o Outono


Oh... doce desfolhar da ilusão...


É com sorumbático pesar,
Minha amada estrela quia,
Que te deixo.


Sempre precisamos acordar,
e todas as minhas utopias
se foram como as folhas,
Do alto do mundo dos sonhos
Para a podridão da Terra
[Adeus, Adeus.]


Olá, meu infindo Inverno.

2 comentários:

Naiara disse...

adorei...!
o inverno sempre chega com promessas gélidas de estabilidade ... Porém, o que seria do humano sem seu fado inconstante?
gostei mesmo ;* o/

Lorobode disse...

Odeio você, odeio você.

E quanto mais você repete a si, mais você se da conta de que nem você acredita em tais palavras. O inverno é ralmente doloroso, mas o que sería de nós se não almejássemos a primavera?

Bonito texto. ;***

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